segunda-feira, 21 de outubro de 2013

avelós Planta pode ser vetor para a cura da aids e do Câncer

Reportagem do Jornal Valor Econômico:

 avelós Planta pode ser vetor para
 a cura da aids e do Câncer

Uma pesquisa que testa a eficácia de uma planta muito conhecida no Nordeste, 
o avelós, está dando bons indícios para a cura da aids. O estudo, liderado pelo 
farmacêutico Luiz Pianowski, avançará para uma próxima etapa de testes em macacos
 resos.

O curioso é que a pesquisa é financiada pelo empresário cearense Everardo 
Ferreira Telles, ex-dono da Ypióca, marca de cachaça que foi vendida para um grupo 
inglês. "Ouvi vários relatos de pessoas do Nordeste que foram curadas pelo avelós. 
Decidi encarar esse desafio e financiar as pesquisas", disse o empresário ao jornal Valor
, que criou a empresa Amazônia Medicamentos para investir em pesquisas da área.

É muito comum no norte e nordeste a venda da garrafada de avelós 
(Euphorbia tirucalli), nativa da África do Sul e que lembra um cacto. O empresário 
contratou o farmacêutico Luiz Pianowski, que começou a pesquisa com foco no 
combate ao câncer, mas depois percebeu a eficácia no tratamento da aids e da dor 
crônica. O pesquisador também contou com a parceria de diversos cientistas de 
universidades e hospitais. 

Para a pesquisa da ação do medicamento contra o vírus do HIV, os pesquisadores 
perceberam que uma substância extraída da planta, o ingenol, desloca o vírus de 
dentro da célula e a mata. Assim, o vírus fica vulnerável à ação dos antirretrovirais.
 "Os atuais tratamentos só agem matando o vírus quando ele se multiplica e sai
 da célula invadida para entrar em outras", disse Pianowski.

Muitas substâncias já foram testadas para a extração do vírus da célula, mas 
todas foram consideradas com alta toxicidade. Já o AM12, como foi apelidada a 
substância da avelós, demonstrou ser de pouco efeito tóxico.

O estudo também contou com a participação da empresa norte-americana Bioqual 
e o Instituto Johns Hopkins, na condução dos testes em animais. Passando a fase destes
 testes, o AM12, se comprovada a baixa toxicidade, será testado em humanos. "A
 Bioqual fará os experimentos em macacos. Vai providenciar macacos infectados pelo 
HIV e em tratamento antirretroviral, administrar a nova droga em conjunto com o 
coquetel, além de monitorar os animais. Amostras de sangue serão coletadas 
semanalmente e uma pequena quantidade será mandada para nós aqui no Hopkins 
para algumas avaliações", afirmou Lúcio Gama, professor do Departamento de 
Patobiologia Molecular e Comparada da Escola de Medicina do Instituto Johns Hopkins, 
EUA. DE quatro a seis meses, os resultados serão divulgados.

Câncer e dor
O AM10 (para o combate ao câncer) e o AM11 (para a dor), experiências que utilizam 
o avelós, estão ainda mais adiantadas que o AM12 para a Aids.
No caso do câncer, alguns testes toxicológicos foram feitos em cães e ratos com sucesso.
 Alguns pacientes do Hospital Albert Einstein também passaram pelos testes da fase 1.
Não houve toxidade que pudesse lesionar algum órgão como rins ou fígado. Quatro 
pacientes realizaram os testes na fase 2, mas os estudos foram paralisados e deverão
ser feitos com moléculas isoladas.
Já o AM11 para a dor será testado em humanos a partir de janeiro de 2013, na 
Alemanha. O farmacêutico destaca o efeito analgésico da substância com pacientes 
com dores provocadas pelo câncer. 

Fonte: Valor Econômico – 5/12/2012

O que dizem os livros de plantas medicinais (RESUMO):

O avelós (Euphorbia tirucalli), planta muito comum no Nordeste 
do Brasil, tem propriedades anticarcinogênicas, 
antiasmáticas, antiespasmódicas, antibióticas, 
antibacterianas, antiviróticas, fungicidas e expectorantes. 
Também é purgativo e anti-sifilítico.

A parte usada da planta é o látex, que quando puro irrita a
 pele e os olhos (por isso deve-se manter o avelós longe de 
crianças e animais), mas dissolvido em água o látex é indicado
 para tratamento de tumores cancerosos e pré-cancerosos.

O látex puro é perigoso para os olhos, podendo até cegar, e também pode provocar hemorragia.


Régis de Sá

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Plantas do Sertão - Umbuzeiro

Umbuzeiro


Ficheiro:Spondias tuberosa Umbu.jpg
Umbuzeiro ou Imbuzeiro - Spondias tuberosa, L., Anacardiaceaeárvore de pequeno porte (mede até seis metros de altura) de copa larga (até quinze metros de largura) originária dos chapadões semi-áridos do Nordeste brasileiro, que se destaca por sombra e aconchego. Nos tempos do Brasil Colônia era chamado de ambuimbuombu, corruptelas da palavra tupi-guarani "y-mb-u", que significava "árvore-que-dá-de-beber" (embora haja a possibilidade de que seja, de fato, uma palavra de origem Kariri1 ). Dada a importância de suas raízes, foi chamada "árvore sagrada do Sertão" por Euclides da Cunha. Sua raiz conserva água e produz uma batata, que em época de grande estiagem, é utilizada como alimento. O Umbuzeiro vive mais ou menos 100 anos, e é um símbolo de resistência.
A partir de projetos de beneficiamento do umbu em mini-fábricas do sertão baiano, essa fruta passou a ter importância na geração de renda e organização das comunidades rurais daquela região 2
Suas folhas, de grande valor alimentício, com gosto "azedinho", também são usadas como alimento pelos seres humanos. O fruto do umbuzeiro é denominado umbu.
Fruto muito apreciado e consumido, tanto pelo homem como pela fauna, o umbu possui um caroço revestido por uma suculenta polpa e, na superfície, por uma película esverdeada, tendendo, à medida que amadurece, para a cor amarela. O umbu tem, em média, de três a quatro centímetros de diâmetro.
Muito rico em vitamina C e com característico sabor azedinho, o umbu, além de ser consumido ao natural, é utilizado em preparos culinários, como sorvetes, geléias, doces e umbuzada, iguaria preparada com leite e açúcar, muito apreciada no nordeste.


Régis de Sá